Um Momento a Sós...

São 05h49m da manhã, do dia 26 de Maio de 2006! Quando pensei escrever este texto vinha cheio de ideias de pessoas que me abordaram para debater, contestar os meus ideais, provocar discussões sem sentido! Estava a noite a começar... Depois, veio a influência da televisão, quando vejo um actor duma série famosa e actual, ter uma atitude impensável naquele género de policial: foi confessar-se!!! Seguiu-se um encontro não programado com alguém que precisava de debater... O assunto começou a alargar! E as ideias também...
Falou-se de religião, relações sociais, influências sobre outras pessoas, impacto nas escolhas dos outros, etc... A minha cabeça estava a ficar cheia! É que a tudo isto, juntava as minhas próprias decisões que tinham que ser tomadas, as dúvidas que me assaltavam o espírito, as incertezas que teimavam em me perseguir... e a tudo tinha que dar uma resposta! Será a certa ou a errada? Vencerei? Perderei? Será o caminho mais curto ou o mais longo? O mais fácil ou o mais difícil? Estarei à altura dos desafios? Da resposta a estas perguntas dependem mais seres do que eu...
Todas os dilemas que me foram levantados, enviaram-me para um exercício de reflexão que me perturbou! Começou a clarear na minha mente, o impacto que certas observações que faço têm na vida de algumas pessoas que me rodeiam! Impressionou-me o alcance que podem ter certos discursos, feitos mais com o coração do que com a razão, nas escolhas que os outros fazem! Espantou-me ouvir e ler comentários que nunca imaginei serem possíveis... E questionei-me: Donde vem tudo isto? Como começou e onde vai parar? E porquê? Porque todas as existências têm um fundamento e um objectivo, porque seguimos estes e não aqueles? Como somos capazes de escolher o que está certo e o que está errado? Quais os fundamentos para uma escolha consciente e livre?
Será a força da união o segredo, ou simplesmente não há explicação e apenas seguimos o instinto? Porque todos somos iguais, e cometemos erros ao longo da vida, qual a explicação para alguém se destacar como um exemplo? E com que dignidade o poderá ser?
Já agora, vale a pena pensar nisto...